Na manhã desta quinta-feira (2), o prefeito de Perdigão, Gilmar Teodoro, recebeu em seu gabinete, os representantes da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para tratar de assuntos relacionados à melhoria nos serviços de abastecimento de água e a viabilidade do projeto de tratamento do esgoto da cidade.
O prefeito demonstrou preocupação no que se refere aos riscos da população sofrer com a falta de água. Questionou quais providências foram tomadas pela empresa para períodos críticos, como o ocorrido em 2014, quando houve racionamento.
O Superintendente Operacional Centro-Oeste, João Martins, justificou que a empresa tem monitorado o manancial com frequência. Explicou que, diante da escassez de água, ocorrida há 3 anos, poços artesianos foram perfurados, para casos emergentes, o que gerou também a demanda de estudos de viabilidade, onde o Rio Lambari foi identificado como manancial opcional.
“O fornecimento de água, em Perdigão, até o momento, está sob controle e não há riscos de faltar água. É claro que o consumo deve ser consciente. Temos uma relação de prioridades para desenvolvimento dos projetos, para confirmar este manancial”, explicou Martins.
O vice-prefeito, Vicente de Paula Sousa, citou a crise hídrica ocorrida e pontuou: “Visualmente, o volume do ribeirão está baixo, chama a atenção. Isso nos preocupa! Anteriormente, várias cidades sofreram com a falta de água, como foi o caso de Araújos, Pará de Minas e outras. Não queremos passar por isso”.
De acordo com o superintendente, o sistema de Perdigão opera com a média de 24 litros por segundo, por 24h. A capacidade instalada é para tratar 30 litros por segundo. O que, para ele, é o bastante para abastecer a cidade. “Nesta questão de tratamento a gente tem um horizonte, que nos dá condições de fazer um planejamento bem ‘pé no chão’. A estrutura de hoje nós permite isso. O nosso grande problema é para onde vamos caminhar, ou seja, definir a nova capitação. Estamos atentos”, reforçou.
Tratamento do Esgoto
Outro assunto discutido durante o encontro foi a viabilidade da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). O município propôs a possibilidade de continuar com a coleta, realizar adaptações necessárias e com isso ter uma tarifa de baixo custo para a população. Foi explicado pelos representantes que no momento, na regulamentação, não existente tal categoria na prestação do serviço, mas é uma situação a ser discutida.
O prefeito pediu agilidade na elaboração do projeto e aos engenheiros a elaboração rápida do Plano Municipal de Saneamento Básico. “Mas isso precisa ficar definido. Porque estamos falando de natureza, nós estamos falando de vida, de saúde, de forma que, isso é prioridade. Queremos ter de volta os nossos pontos turísticos como ‘Ponte dos Crioulos’ e ‘Cachoeira do Funil', enfatizou.
Uma reunião junto à Câmara de Vereadores deve acontecer no próximo dia 17, para apresentação completa dos procedimentos; quais são as etapas e a elaboração das leis. Posteriormente, as audiências públicas, com apresentação dos prazos mínimos, para que a população tenha participação e noção de quanto tempo será necessário para execução do processo.
Ações de preservação
Gilmar lembrou que em sua gestão anterior, no ano de 2005, foi feita a renovação do contrato com a Companhia e que, na área de captação, a mesma ficaria, encarregada de preservar e limpar o ribeirão, o que não aconteceu.
Em resposta, Alexandre Roberto Silva, Gerente do Distrito Regional de Bom Despacho, salientou que Perdigão já está incluída dentro das prioridades. “São diversas ações, entre elas, o “cercamento” de nascentes, plantio de mudas, limpeza e construção de bolsão. A ordem de serviço já foi dada e os trabalhos iniciais devem iniciar em março, caso não haja imprevistos”, relatou.
Também participaram da reunião o encarregado de sistemas de Perdigão, Carlos Antônio de Oliveira, o secretário de obras, José Ailton da Costa e os engenheiros da prefeitura, Tony Alonso Silva e Andrea Faria de Souza.