História de Perdigão



Perdigão é um município brasileiro do Estado de Minas Gerais. Sua população, de acordo com o Censo 2010, é de 8.912 habitantes. Em 2016, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou o município com 10.637 habitantes. Está localizada no Alto São Fancisco, a 150 km da capital Belo Horizonte. Sua economia ganhou destaque na produção de calçados; tendo hoje devidamente registradas 102 fábricas, é considerado o segundo pólo calçadista da região.  

 

História

Onde fica a gruta havia um cruzeiro que foi o marco do início da religiosidade da cidade. Perdigão, antiga Vila Saúde e demais cidades vizinhas teve seu início com a povoação dos índios Cataguases. Com a divisão das Capitanias Hereditárias, a Capitania de Minas, do Ouro e São Paulo foi uma das mais ricas, até ser desmembrada uma da outra no ano de 1.720. As Capitanias eram dividas em comarcas que por sua vez eram dividas em termos com uma sede instalada em uma vila. A Vila Saúde, incluído o distrito de “Cercado” era da aplicação de Nossa Senhora da Piedade do Pitangui. Para facilitar a povoação e a colonização o governo aplicou a concessão de Sesmarias terreno inculto ou abandonado, concedido aos sesmeiros para serem cultivados. Com a desbravarão das terras, os bandeirantes iam abrindo “picadas” ligando grandes vilas e nos locais onde havia maior aceitação, perto de água e terras férteis era concedida a posse a um sesmeiro. A Vila Saúde era uma encruzilhada natural de várias picadas que se tornaram estradas, perto de águas consideradas curativas. Nessas encruzilhadas naturais era fincado um cruzeiro num local bem visível, onde um padre benzia, celebrava uma missa e onde automaticamente já surgia uma casa, uma venda, e uma pequena estalagem que servia de pouso para os viajantes cansados, os tropeiros e cometas, que transportavam suprimentos de um local à outro; comprando de um lugar, vendendo em outro e vice e versa. A estalagem, primeiras casas da Vila Saúde foram construídas na descida no “Morro do Buraco”, no atual “pasto” nos descendentes de Luís Ferreira da Cruz, perto de uma mina de águas cristalinas que ali nascia. A cruz foi fincada com os braços abertos para essas casas bem no alto do morro, no local onde hoje se encontra a “Gruta Nossa Senhora da Saúde” e lá permaneceu até o ano de 1.949, por ordem do padre da época, Monsenhor Alfredo Dorh, foi arrancado e doado a dona “Inhazé” que o fincou no alto de um morro em seu terreno. Por causa das afamadas águas curativas, a vila ganhou nome de “Saúde” e como padroeira Nossa Senhora da Saúde. Com o aumento da população a igreja foi construída por volta de 1.710 no mesmo local da matriz atual. Uma santa, a primeira imagem de Nossa Senhora da Saúde veio de Portugal e foi instalada na igreja matriz que foi demolida nos primeiros anos da década de 1950, por ordem do bispo Dom Manuel Nunes Coelho. O cemitério era afixado no adro da matriz, ou seja, ao seu lado. A igreja do Rosário, toda feita de madeira, imperava na segunda praça, sendo demolida nos anos 60 para a construção do atual Centro Social.

 

 




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