Nesta terça-feira (25), a Lira Musical Nossa Senhora da Saúde, um dos maiores patrimônios culturais do município, comemora 97 anos de existência. Quase centenária, está sempre presente nos principais eventos do município, sejam eles, religiosos ou receptivos a autoridades.
A banda de Perdigão é um exemplo de perseverança, haja vista que: ao longo de décadas, várias delas, tanto no estado, quanto no país, se extinguiram.
Para o presidente da entidade, Mateus Elias, este sucesso é resultado do esforço, empenho e dedicação de todos os seus membros, que preservam vivas a musicalidade e a cultura local. “A banda faz 97 anos hoje, porque cada geração, à sua época, ajudou a construir esta história e a continuar até os dias atuais”.
“Fico orgulhoso em dizer que: ‘estamos completando quase cem anos, cem anos de vitórias’. Hoje temos 33 músicos ativos, em períodos difíceis, chegamos a tocar com 6. A Banda é nossa história, é nossa cultura. Sabemos de sua importância, por isso, nos esforçamos para que ela nunca acabe” ressaltou o maestro, Álvaro Ferreira Pinto.
O trabalho da diretoria está sempre focado na busca de novos componentes, repertório eclético e na qualidade musical. “Estamos sempre incentivando nossos alunos para evitar possíveis saídas e não afete a estrutura da banda. A gente se esforça e busca, mesmo com bastante dificuldade, cumprir os compromissos e atender a todos os convites, tanto no município quanto fora”, relatou Álvaro.
O começo
Segundo a diretoria, arquivos relatam que a fundação da banda se deu em 1920 pelo perdiguense Fidelis Caetano. De acordo com a história, os ensaios aconteceram, por um longo tempo, na sala da residência dos “Caetanos”.
A primeira sede própria foi construída na década de 90 pelos próprios integrantes que voluntariamente, realizaram eventos, venderam rifas e pediram doações para concluírem a obra em um terreno cedido pela prefeitura.
Integrantes antigos
Alguns integrantes marcaram época e ainda são lembrados: José Cassimiro, Levi Benfica, Antônio Betico, Lico Cornélio, Zé Betico, José Martins, Elpídio, José Vitor Brandão, Luís Caetano Ribeiro e outros.
Mateus conta que Luís Caetano foi o grande propulsor da Lira. Foi ele e sua filha, Maria José Ribeiro, que deram os primeiros passos e registraram a entidade em 1978. “Estava sempre à caça de recursos para que a banda continuasse as suas atividades. Mandava cartas para deputados e até para presidentes. Pelo histórico que a gente tem: não tem ninguém em Perdigão, até hoje, que lutou pela banda do que o senhor Luís Caetano”, finalizou o presidente.
Os ensaios dos músicos acontecem todos os sábados, das 15h às 17h. As aulas são durante a semanda, no período da manhã, das 8h30 às 10h30 e, no período da noite, das 18h às 20h. Interessados podem procurar a sede da banda, na Rua José Jacinto Brandão, 99, no Centro.
