Até a última sexta-feira (12), a cidade de Perdigão não registrou nenhum caso de dengue confirmado. Zika e febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também não foram registradas.
De acordo com os dados da coordenadoria da vigilância epidemiológica, de janeiro até a primeira quinzena de maio, foram 11 casos notificados e nenhum confirmado. Os resultados são significativos, em comparação com o mesmo período de 2016, onde foram: 118 notificações e 10 casos confirmados; o que pode ser considerado um índice alto de transmissão e que requer alerta.
Para a coordenadora da vigilância epidemiológica, Elenita das Graças Delfino, as ações de prevenção e conscientização, realizadas pelos agentes, são responsáveis pela redução de casos.
“Mesmo com o índice baixo, os agentes de endemias continuam com as vistorias em residência, empresas e terrenos, onde possam existir possíveis focos. Eu acredito que a diminuição também esteja relacionada com mutirão de limpeza que realizamos no início do ano. Os registros de casos de febre amarela no Estado de Minas Gerais fez com que a população ficasse mais cautelosa”, ressaltou Elenita.
Realização do LIRAa
Outra medida que será realizada, em favor do combate e prevenção à dengue no município, é o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) que será feito pela primeira vez, entre os dias 22 e 26 de maio.
Para o levantamento, os agentes de endemias participaram de um curso de capacitação ofertado pela Gerência Regional de Saúde (GRS) que foi ministrado pelo técnico em endemias, Geraldo Silvano.
A coordenadora acredita que, com isso, haverá mais rapidez nos diagnósticos e levantamentos de focos. “O LIRAa tem objetivo principal obter informações oportunas para aumentar a eficácia do combate ao vetor Aedes Aegypti, como também fornecer informações visando o balizamento das atividades de mobilização social; assim como o direcionamento das ações para as áreas apontadas como críticas, além de instrumentalizar a avaliação das atividades desenvolvidas”, explicou.
O que muda
Com a realização do LIRAa, o material coletado, antes encaminhado para a GRS, em Divinópolis, agora passa a ser analisado no próprio município. “Toda larva que for recolhida aqui, eu vou fazer a análise dela. Do montante analisado, enviarei 10% para a regional para conferência. Com este procedimento, nós iremos identificar, em menos tempo, as áreas da cidade com mais ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. Assim podemos intensificar as ações de combate, nestes pontos com maior presença”, finalizou Elenita.
A partir de agora, o LIRAa será realizado três vezes ao ano: em janeiro, maio e outubro. Com as informações, a população terá conhecimento da incidência do mosquito em seu bairro e, assim, poderá tomar medidas preventivas contra a doença.
