Agentes de Saúde recebem capacitação sobre leishmaniose

Treinamento foi solicitado pela Secretaria de Saúde, devido ao aumento da população canina
Publicado em: 8 de Março de 2018. Última Atualização: 8 de Março de 2018


Na tarde desta quinta-feira (8), os agentes comunitários de saúde e de endemias participaram de um treinamento sobre leishmaniose, ministrado pelo profissional Gilmar Santos, referência técnica do Programa Leishmaniose Visceral Canina, da Secretaria de Estado da Saúde – SRS Divinópolis.

A secretária municipal de Saúde, Neusa Teodoro, abriu o evento e disse que solicitou o treinamento, devido à necessidade de se pensar no futuro, uma vez que o aumento da população canina é visível e que a capacitação dos agentes é muito importante na prevenção de doenças.

“As pessoas cobram a construção de um canil, mas a gente sabe que não é por aí. Existem outros projetos, que estão sendo apresentados pelo Gilmar, por essa referência (...). Em primeiro lugar, a gente estará  capacitando nossas agentes comunitárias de saúde para evitar essa doença, que pode passar para o humano e que a gente sabe que tem consequências drásticas”, explicou a secretária.

Gilmar alertou sobre a importância de identificar e combater prematuramente os sintomas da doença, que pode levar à morte. Falou ainda, da necessidade de orientar a população a não abandonar os animais. Segundo ele, nos próximos encontros, os agentes serão treinados a realizar a coleta, objetivando o teste rápido para identificar a doença. O material coletado será encaminhado para confirmação dos resultados, pelo Instituto de Ensino Superior e Pesquisa (INESP), em Divinópolis.

“O encontro aqui hoje é para começarmos a discutir, dentro do município de Perdigão, mostrando para os profissionais de saúde, que o primeiro passo é começar a desconstruir uma cultura negativa que tem na sociedade de manter os cães na rua. 70% dos cães que estão na rua têm dono. Então nós vamos começar a mobilizar o pessoal, para poder levar uma mensagem para a população, pois nós precisamos resolver este problema, porque vêm doenças zoonoses de altíssima letalidade que podem afetar as famílias”, preveniu.

O biólogo destacou ainda o projeto que está sendo desenvolvido em alguns municípios, onde se discute a castração permanente dos animais. “Através de uma ONG, que é parceira do Ministério Público, nós já conseguimos seis ‘castramóveis’ que irão se deslocar para os municípios, a cada dois meses, para que dentro de um ano, nós possamos fazer a esterilização de 10% da população canina. O alvo principal, neste primeiro momento, são os cães que estão nas ruas e de população de baixa renda”.

Para o profissional, a construção de um canil não é aconselhável. “Construir um canil não resolve a situação, só agrava. O canil deixa as pessoas mais à vontade para abandonar seus cães e passando para a prefeitura assumir uma responsabilidade que não é dela. Dados da área da saúde apontam que 1 cão em um canil tem o custo de três crianças em uma creche”, finalizou .

O evento foi realizado no Centro Cultural Rosa Carolina de Araújo – Cinema - e contou também com a presença de membros da Ong ‘Ajude um Amigo de Rua’, entidade que tem se destacado no resgate de animais  abandonados com o objetivo de destiná-los à adoção.




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