Em virtude de ataques a macacos na região, supostamente pelo medo da febre amarela, a Secretaria de Saúde de Perdigão esclarece que o animal não é o responsável pela transmissão da doença.
Segundo a secretária, Neusa Teodoro de São José Mesquita, ao contrário do que as pessoas pensam, os macacos ajudam a detectar a circulação do vírus e que todas as espécies são “sentinelas”, ou seja, a mortalidade destes animais pode indicar a presença do vírus em determinada região, alertando da necessidade da vacinação em seres humanos.
“Aqui nós somos região endêmica, mas a gente não está com epidemia. Estamos vendo mortes de macacos na região. Em várias cidades foram encontrados desses primatas mortos. Mas, os resultados dos exames têm confirmado que as mortes foram por envenenamento e não por febre amarela. Nós não queremos que isso aconteça e o macaco seja extinto! Agredi-los é falta de informação, crime contra a natureza”, relatou Neusa, em reunião do Projeto “Coração Verde”.
A orientação é que, em casos de mortes dos animais, os órgãos competentes sejam notificados para a investigação dos óbitos.
Imunização
A imunização contra a febre amarela integra o Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde. Em Perdigão, a vacinação foi intensificada e está disponível na Unidade de Pronto Atendimento (PA), na rua Padre Alfredo Dhor, 48, e na Policlínica, na Rua João Francisco dos Santos, 126, no Bairro Nossa Senhora da Saúde.
É recomendada a imunização das pessoas que vão viajar para as regiões silvestres, rurais ou área de risco. É importante lembrar que a vacina passa a ter efeito após 10 dias de sua aplicação.
A contaminação
A transmissão da doença que acomete os animais primatas, em geral, inclusive o homem, só é possível através da picada do mosquito “Haemagogus”, transmissor da febre amarela silvestre, e do Aedes aegypti (transmissor da febre amarela urbana, além da dengue, zika e chikungynya). A prevenção deve ser feita por meio do efetivo combate ao inseto.
